
Realmente não acredito muito no conceito de raças, apesar de aprender ainda no
primário, sobre brancos, negros, vermelhos e amarelos, acho que como já disse em
outro post, que misturamos tanto quê, somos todos vira-latas.
Eu tive amigas japonesas sem mistura e brincava dizendo que eram de raça como um
gato siamês. Um oriental raramente se ofende de ser chamado como tal, eles costumam
ter uma cultura forte, muito bonita, comidas gostosas e doces, doces nem tanto.
Já os negros que vieram pra cá contra vontade, são no geral, mais revoltos a
referências a seu tom de pele.
Um dia estava no hospital, e vi uma menina de uns 9 anos, linda, de trancinhas,
traços de boneca, se fosse loira, eu diria: "que loirinha linda!" se fosse
japonesa: "que japonezinha linda" como era negra, segurei o elogio: "que negrinha
linda?" Posso falar assim? E se a mãe se ofendesse, a menina, as pessoas em volta,
engoli o elogio, deixei passar porque, não consegui montar uma frase politicamente
correta o suficiente.
Adoro cores, gosto de ficar vendo gatos amarelos, brancos, cinzas, pretos,
coloridos, pessoas também, não consigo não parar para ver quando passa um ruivo,
acho eles tão bonitos e diferentes, com sardas e cabelos cor-de-laranja, um luxo da
nossa espécie.
Ontem fiquei sabendo que a aluna nova da sala do meu filho é cafusa, fiquei
admirada, quero ver um cafuso ao vivo, fora da minha cartilha.
estava lendo ontem sobre os albinos da África, como são perseguidos, às vezes
mortos e usados como amuleto. Pensei que justo na África, de onde veio uma das
"raças" que mais sofrem preconceitos, mas ora, vendo a foto, um albino lá é tão
diferente, tão chamativo, mais do que um ruivo por aqui. Ser diferente dá muito
trabalho, e ser igual a todo mundo é um tédio.
Nem ia escrever esse post, porque achei que pode não ser um bom assunto, mas fui
premiada com o fato de que quase ninguém lê isso aqui, rs.
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