quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Na Internet, falando sobre a Internet. :/



Quando eu tinha acabado de me alfabetizar, eu conheci a primeira "Internet". Não lembro
como era era o nome, mas meu tio conectava o seu super 286 ao telefone do meu avô. Depois de
um tempo aparecia no monitor em belas letras verdes os nicks das pessoas que estavam online (mesmo que naquela época não se dissesse nicks, tão pouco online).
Você podia escolher alguém e mandar uma mensagem escrita, depois de uma meia hora se a
pessoa te respondesse, aparecia um * ao lado do nick a assim vcs podiam conversar. Era muito
lento, muito mesmo, pior que internet discada, muito pior. Como quase toda criança eu não
tinha paciência e resolvi me corresponder com dez, doze, quantas pessoas eu conseguisse.
Quando meu tio voltou para ver como eu ia indo tinha vários nicks com resposta para mim, e
ele ficou surpreso com a quantidade de gente que eu conseguia conversar ao mesmo tempo, infelizmente, pelo excesso de gente ou por puro azar meu o computador teve um tilt e não consegui acabar minhas inúmeras conversas. Mal sabiam aquelas pessoas que estavam pagando caro,(e era caro mesmo na época) para conversar com uma menina de nem 10 anos.

Nada mudou, quando me falaram da Internet e hoje em dia, acho q é tudo mais bonito, mais
rápido mais ainda é igualzinho na essência àquele programinha dos anos 90. Não me lembro o
nome dele mais assim que lembrar ponho o nome em um comentário, quem sabe encontro algum
amigo cibernético de quinze anos atrás.

Do icq ao orkut e da carta ao email, tudo no fundo é a mesma coisa. O orkut parece uma
agenda de menina daquelas bem coloridas, os blogs também, como os diários tradicionais agora
ao invés de trancados com chavinhas, anunciados aos quatro ventos.Eu ainda tenho diários de papel, comecei o primeiro com 11 anos e já estou no 5º, escrevo as vezes, de dois em dois meses mais ou menos, gosto do cheiro do papel, dos ursinhos desenhados nos cantos da página, de escolher uma caneta bem bonita, fazer um desenho ou colar um adesivo no final.

Eu também guardei um caderno de perguntas da época da escola, um daqueles bem tradicionais, com as perguntas: O que você acha da aids, o que você acha do aborto, e se você está gostando de alguém.E o gande final, deixe um recado para a dona desse caderno...Os recados incluem seja mais você, versinhos e poemas.
Os meninos quase nunca respondiam a esses cadernos, das 32 pessoas que responderam o meu,
meia dúzia eram meninos, e eles sempre escrachavam, com piadas bobas, desenhos do Bart e de
brasões de futebol...

Uma amiga minha tinha um caderno que era o melhor, entre os pré adolescentes um amigo
nosso quatro anos mais novo também respondeu, tentando acompanhar os meninos mais velhos,
mais sem muita informação, deu a pergunta "qual é seu sonho?" a seguinte resposta: " bater
uma boquete em cima de uma menina" haviam outras piores, que não me lembro agora.

Quando será que vão fazer um site tipo caderno de perguntas, cada um faz o seu, seleciona
suas perguntas e manda seus amigos responderem. É uma boa idéia não? Afinal não falta muita
coisa para ser feita pelo computador vamos ver o que já é possível fazer:
Sexo, Compras, pagar as contas, assistir um filme, ouvir música, bater papo, encontrar amigos, ver fotos, ver as notícias, saber a previsão do tempo... Que coisas mais existem que ainda não foram transformadas e adaptadas para caberem em um computador?

terça-feira, 18 de novembro de 2008

E VIVA O FONE DE OUVIDO!


De uns anos para cá parei de fazer partes de grupos, tentar me rotular e me me tornei cada
vez mais um indivíduo redundantemente único.

Na moda, procuro roupas para o meu corpo, e não o que está "se está usando agora". Não que eu não experimente, passe vontade. Tentei inúmeras vezes comprar um sapato bico fino, são lindos, mas tenho as pernas compridas, e calço 38, fico parecendo personagem de um livro de
bruxas. Salto fino já desisti, não consigo mesmo, caio, chacoalho, não rola.

Também não tenho mais vergonha, na minha interminável busca por um bom tênis mês passado, que fosse cinza chumbo, sem partes de pano, e sem ultrapassar os 100 reais; vi um lindo na vitrine, entrei e pedi pro vendedor, ele me olhou estranho e eu já avisei: - eu sei que é masculino, mas quero mesmo assim. Não tinha acabei comprando um fila cinza e lilás pela Internet. Uso calças boca larga, não aderi as cinturas altas, moda cigana, enfim, parei na
segunda metade dos anos 90.

Musicalmente pior ainda, pitty, nx zero, cachorro grande, hateen, sei lá, pra mim é tudo a
mesma coisa, tudo porcaria. Devido a qualidade do rock nacional ter deixado de me agradar,
fui parando de ouvir. Comecei a ouvir coisas novas e velhas também, mpb, pop, samba,
sertaneja, qualquer coisa que me agradasse as orelhas internas (ouvidos).

O que eu percebi foi que não fui a única a fazer isso, todo mundo, principalmente amigos
da minha faixa etária estão nessa busca musical. Pode parecer bom, mas em um churrasco não
encontramos nenhum, NENHUM CD que conseguisse agradar a incompleta dúzia de pessoas
presentes. A música que um gosta, só ele gosta, deixamos de ser um grupo, somos pessoas,
cada vez mais ranzinzas e individualistas exatamente como nossos avós.

Antes um CD do paralamas, ou o acústico dos Titãs teria acalmado as ânimos.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Vícios



Já disse que tenho uma fraqueza para participar de pesquisas, mas nada perto do problema
que tenho com coleções.

Adoro promoções, coleções e brindes. Sempre adorei. Uma das primeiras coisas que
colecionei foi os gibis da Mônica da Coca-Cola, era só juntar dez tampinhas, ou algo assim.
Consegui todos os gibis, só faltava a caixa de papelão para guardá-los, mas quando consegui
as juntar as tampas e fui na banca, a promoção já havia acabado...

Lembro também de uma caneta da Coca-Cola que virava uma garrafa, consegui trocar uma só,
na época tinha que ficar amolando minha mãe para ir trocar comigo.

E os brindes... Tinha um bonequinho do chambinho de plástico em forma de coração, lembro de ficar brincando com ele antes do meu aniversário de 5 anos.

Tenho um sério problema de compulsão, obsessão, ou sei lá, e tenho q me controlar até
hoje, para não sair por aí querendo juntar qualquer bugiganga que venha em mais de 4 cores,
acenda luz, ou toque música. Por isso me limitei a participar de promoções que não gaste
dinheiro, junte 100 embalagem, tudo bem, eu dou um jeito; mas junte 3 embalagem + 10 reais
nem pensar.

Já cheguei ao ponto de passar a tarde revirando lixo, pedindo copos para pessoas
estranhas no shopping, como uma viciada em drogas.

E como é difícil colecionar coisas sem poder gastar demais. Quando eu entrei no prézinho (1988) na época da páscoa aprendi a fazer um coelho com um rolo de papel higiênico vazio, resolvi fazer uma coleção, uma grande família de coelhos, e fiz em casa com todos os rolos, tubos de diploma, cartolina, papel, tinha coelhos por todos os lados. No mesmo ano aprendi a fazer um palhaço de dobradura e repeti a dose.

Colecionei figurinhas, muitas, mas não tinha dinheiro para comprar o álbum, então meu pai
me dava um caderno vazio enfeitava a capa e eu colava as figurinhas lá, tive vários
caderninho desses, tinha umas figurinhas fofinhas do nescau e do miojo que eram minhas
preferidas, quando o dinheiro acabava, eu recortava figuras de revistas para fazer de
figurinhas.

Também colecionei bolinhas de gude, não para jogar mas por que eram lindas, transparentes
com duas ou três cores entrelaçadas dentro. queria de todas as cores possíveis, e todo o dia
depois da escola ia na banca comprar uma nova, sem exagero tive mais de cem, duzentas
talvez. Fora isso eu as organizava cuidava e dava nome, um dia brincando no quintal uma caiu
no ralo, foi uma tristeza, por anos eu ia conferir se a coitada não saia pelo ralo da frente de casa. Talvez ela ainda esteja no encanamento, quem sabe?

Semana passado comprei 5 gelatinas para tentar uma mochila, mas tinha esgotado o estoque,
no começo do ano participei da promoção boiada toddy, não faltou toddy de todos os sabores
aqui em casa, ontem vi o comercial do Ades, que troca 4 por uma toalha, hum, estou me
controlando para não ir no mercado e comprar litros, adoro Ades mesmo.

Colecionei, pedras, dinheiro, chaveiros, cartões, fitas...O pior dos casos, apesar de todos terem um bocado de insanidade, deve ter sido o de papel
de cartas. Na escola quase todas as meninas tinham uma pasta, cheia de lindos papeis de
cartas, eu resolvi colecionar, era uma atividade divertida porque no recreio, você podia
trocar seus papéis com sua amigas. Tinha 3 tamanhos de papel, o Grande o médio e o pequeno,
e custavam centavos.

Eu comecei com uma pasta rosa, fininha, depois comprei um fichário, e por último lotei uma daquelas pastas de AZ, até que tive que parar. Para trocar eu comprava
só papeis repetidos, tive uma coleção linda, que demorava horas para ser apreciada, organizada por tamanho e harmonia.

De tudo que colecionei, e pode ter certeza que não disse tudo,(mesmo por que posso chegar
em casa amanhã com todas as toalhas exclusivas do Ades) Não tenho hoje mais quase nada, minha mãe se livrou da maioria , e não era tão difícil , depois de um tempo a euforia passava e eu esquecia a coleção pra lá. Por isso tomo cuidado com drogas, cigarro e álcool, tenho uma certa facilidade para me viciar.


A quem interessar o site do blog que eu visitava antes de fazer o post:

http://www.voceselembra.com/search?updated-max=2008-07-13T08%3A07%3A00-07%3A00&max-results=10

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Minha Maior Fã


Quando eu era criança eu assistia muito SBT. Eu era anti-globo, não assistia Xuxa,
Trapalhões, Caverna do Dragão, e principalmente, não assistia novelas da Globo. Pra falar a
verdade, na minha vida toda, assisti uma meia dúzia de novela global. O que é muito raro e
mal compreendido, quando a maioria das pessoas, principalmente mulheres, emendam uma na
outra, e vem a das 6 a das 7 e a das 8, ou seja lá quantas enfileram a véspera do jornal.

Forçando um pouco posso até dizer as que eu vi: Fera Ferida, (que eu adorei) Tieta,
(assisti o filme umas 10 vezes, nada mais justo ver a novela também) Terra Nostra (credo!)
Vi um pouco Vila Madalena, Bebê a Bordo, e Laços de família, que me lembre.

Já a minha extinta TVS me acompanhou desde pequenina, Mara Maravilha, Carrossel,
Novelas Mexicanas e claro as novelas feitas pelo próprio canal.

Quando eu tinha 6 ou 7 anos começou uma novela chamada "Cortina de Vidro", era uma história simples, de um shopping que caia (estilo torre de Babel, creio) e um milionário que perdia a memória.
Eu sempre do contra torcia para a vilã da história, a "Glória", uma mulher de uns 40 e poucos cabelo curto preto que queria dinheiro e ferrar a vida de todo mundo!Eu adorava...


Também adora a trilha da novela, uma música que chamava coração urbano, continuei
cantarolando pelos quase vinte anos após a novela, mesmo sem ter tipo o LP da trilha, se é que
esse LP existiu.

Aí começa a minha saga, nesses anos eu sempre quis ouvir essa música de novo, em algum
lugar fora da minha cabeça. Quando instalei o Napster, procurei incansavelmente, e nada. Com a internet e esses vários filhotes de Napster que já tive e distive sempre, sempre mesmo
procurei essa canção. Pelo o google, eu escrevia um trecho para tentar descobrir o
intérprete, qualquer pista, e nunca achei.

Até a semana passada, quando estava procurando novamente e fui abençoada por um blog
(vivam os blogs!) e achei uma das outras 4 pessoas (kkk) que também acompanharam a "Cortina
de Vidro", como se não bastasse o post, o simpático blogueiro deixou um link com a trilha da
novela para baixar. Que felicidade, a felicidade foi tamanha que até quis estou contando
aqui.

Baixei, ouvi todas as músicas e só lembrei de umas duas, mas claro coração urbano estava
lá, após quase 20 anos poderia ouvi-la novamente.

O interessante foi que a música estava um bocado diferente da que toca na minha cabeça,
veja bem, tanto tempo sem ouvi-la criei uma nova versão imaginaria, com letra e refrão
distintos, mais que uma versão, quase um plágio. Mais interessante ainda foi que percebi preferir muito mais a minha versão fantasiosa do que a que havia acabado de baixar, assim decidi parar de escutar a original para não estragar a minha.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Um Fora



Lia eu um gibi antigo do Zé Carioca (de 1990) antes de dormir, adoro ver os anúncios antigos. Esse aí em cima é de um quarto todo do rei Leão, na época em que esse gibi era novo eu tinha 8 anos e sonhava em ter um desses quartos, tinha um dos 1001 dálmatas que era maravilhoso. Muitos anos se passaram e não tive um quarto como esses, mas mantive o hábito de ficar admirando o modelo no gibi.
Uma noite dessas quando olhava esse aí mesmo, comecei a comentar com o Emerson que rei Leão não era um bom tema, que era de mal gosto decorar o quarto de seu filho com uma história tão trágica onde o pai do pobre leãozinho morre.Essas coisas ficam grudadas no pensamento da gente, foi então que lembrei do quarto do Angelo, santa hipocresia a minha... Sabe a história dessa personagem?

Subjetivo versus Objetivo


Sempre humanizei as coisas. Dou caracteristicas humanas a qualquer objeto, planta, comida.Um dos motivos de eu não ser vegetariana e que posso criar tanta empatia por uma alface quanto por um boi. Não gosto de jogar bonecos fora, tenho pena, imagino como estão se sentindo. Não gosto de jogar comida fora, fico pensando em quão mal está se sentindo aquela maçã na fruteira que ninguém quer comer, rejeitada, triste, sozinha.

Imagino uma personalidade e sexo para cada cor, o preto, azul, cinza, bege, amarelo e marrom são homens. O rosa, roxo, vermelho laranja e verde são mulheres. Faço isso desde criança e para mim é algo completamente inevitável, natural. Mas as pessoas não são todas iguais, claro.

Meu filho que tem uma linha de pensamento mais racional, é um menino com a mente direcionada para as exatas, naturalmente desde pequeno, para ele letras são letras, números são números, cores são cores, não tem muito espaço para poesia e a arte, a subjetividade. Eu estranho tanto...

Hoje quando eu lavava a louça, a faca que para mim é o marido, o garfo que é a esposa, e a
colher que é a gordinha simpática e solteirona, comecei a pensar nos números. Para mim o
cinco é o melhor número, ele é um rapaz gordinho e sorridente.

No meio a esses corriqueiros pensamentos inúteis, parei para pensar como o Angelo responderia a uma pergunta subjetiva dessas, com seus cinco anos ele pode ter uma visão criativa e divertida da personalidade dos números.

Eu o chamei na cozinha e perguntei:
- Qual o número de zero a nove, que você acha que é o mais feliz?
Ele respondeu rápido:
- O sete!
Pensei rindo que deveria ser pelo tracinho do sete que lembra um sorriso. Em seguida perguntei:
- E por quê o sete?
Ele respondeu ligeiro novamente:
- Por que o sete é igual o F de feliz, só que virado para o outro lado.

(...) Que seja um bom engenheiro.

Pesquisas




Na minha adolescência, não gostava de responder pesquisas.No caminho para o colégio, as
vezes tinha mulheres com pranchetas, eu e minhas amigas sempre davamos a volta, fugindo
delas. Quando elas conseguiam nos pegar... Faziam algumas perguntas e no final ofereciam, um
curso de inglês, computacão, com um "super" desconto... A abordagem das tais mulheres de
prancheta é sempre parecida, uma pergunta que a resposta tem que ser sim. Quer ganhar um
carro? Quer ganhar 5 mil reais? Se você falar que sim, pronto, foi laçado, elas não soltam mais.


Também tem pesquisas que você não recebe nada, costumam ser mais curtas e tentam te faze
sentir importantes, como a de simulação de voto, já participei dessas também.
Tem aquelas que vem a sua porta, já fiz uma que era chata, demorada e a pesquisadora me
induzia para responder o que ela precisava, o prêmio era uma raspadinha que podia ter não
lembro quantos mil reais, (duvido muito que alguma raspadinha era mesmo premiada) e um
brinde surpreza no final: um bloquinho de papel e uma caneta. Perdi a tarde por um bloquinho
e uma caneta.
Por mais que queira parar de cair nessas, acabo caindo, tem um pouco de esperança que me
faz por instantes acreditar que vou ganhar alguma coisa boa.

Algumas vezes umas pesquisadoras vieram me fazer perguntas, o pagamento era uns 50 reais.
Por ser um prêmio mais realista achei que podia ser verdade, respondi a pesquisa
sócio-economica e claro, não estou no perfil para participar.
Isso sempre acontece, parece que tenho que ter uma renda de mais de 3 mil reais para
responder uma pesquisa que pague 50 reais... Mas aí eu não precisaria de 50 reais né? Só dão
dinheiro pra rico, pobre faz tudo de graça, de favor.Ou não tinha pesquisa nenhuma, era só a
sócio-economica mesmo, e a mulher fala a mesma coisa para todos, só para convencer.

Agora tem pesquisas online, remuneradas, vc responde em casa, pelo computador e ganha
dinheiro por pesquisa, mandam o dinheiro pelo correio. Achei ótimo para minhas tardes
desocupadas, me cadastrei, fiquei cerca de um mês cadastrada, respondi umas vinte pesquisas,
adivinhem quanto ganhei?! Nada. Nem um real, novamente dizem que não tenho o perfil
desejado. Já me descadastrei, mas sou uma trouxa, vou sempre acabar caindo nessas furadas.

Não Gosto

Não gosto de crianças
Não gosto de cachorrinhos
Não gosto de negros
Não gosto de loiras
Não gosto de atores
Não gosto de motoqueiros
Não gosto de caminhoneiros
Não gosto de vendedores
Não gosto de estrageiros
Não gosto de cariocas
Não gosto de vizinhos
Não gosto de parentes
Não gosto de professores
Não gosto de bagunceiros
Não gosto de certinhos
Não gosto de japoneses
Não gosto de brancos
Não gosto de bebês fofinhos
Não gosto de frentistas
Não gosto de mendigos
Não gosto de ricos
Não gosto de gatinhos
Não gosto de jornalistas
Não gosto de maldosos
Não gosto de bonzinhos
Não gosto de doutores
Não gosto de famosos
Não gosto de adultos
Não gosto de morenas
Não gosto de velhinhos
Não gosto de cozinheiras
Não gosto de espíritas
Não gosto de católicos
Não gosto de evangélicos
Não gosto de budistas
Não gosto de músicos
Não gosto de pintores
Não gosto de gordos
Não gosto de baixinhos
Não gosto de adolescentes
Não gosto de magrelos
Não gosto de alienados
Não gosto de intrometidos

Gosto de ALGUMAS crianças
Gosto de ALGUNS gatinhos
Gosto de ALGUNS músicos
Gosto de ALGUNS intrometidos

Dizer que gosto de todos de qualquer um desses
É mais preconceituoso quanto dizer que não gosto

Antes de conhecer não posso dizer

Alguns desses gosto mais, outros menos
Por obra do acaso

Confira agora os números do sorteio parcial

Ensino o Angelo as coisas como são, ele nunca acreditou em papai noel, coelhinho da páscoa, fadas, monstros ou qualquer um desses. Algumas pessoas acham crueldade, eu acho correto, ele ainda vai sentar no colo do papai noel do shopping e ganhar balas, só que ele sabe que é um moço fantasiado.

Crianças confiam nos pais e acho sacanagem tirar vantagem disso, quando ele era menor ele achava que as árvores que faziam vento, ele as via balançar quando ventava e concluiu que era assim, eu me diverti mas depois expliquei como realmente era, ele não sabia que cachorros faziam cocô e xixi no chão, o dia que eu expliquei ele ficou horrorizado.

Mas tem uma coisa que eu sacaniei ele, desde pequenininho e ainda não desmenti, por que acho muito engraçado e espero que um dia ele se toque sozinho, uma coisinha só, não resisti...

Quando ele era bem pequeno e estava aprendendo a contar passou o comercial da tele-sena.
"De hora em hora o SBT informa os números da tele-sena" e o moço começava a ler os números da tela : 1,7,11,12,13,19,21,34...
Um dia disse para o Angelo brincando: "esse cara conta tudo errado!"Ele concordou e até hoje quando ele houve o comercial da tele-sena ele vem repreender o moço, tentando muita vezes consertar em voz alta : 1,2,3,4,5,6,7,8...

O Perspicaz

Costumo levar o Angelo para peças infantis que acontecem no teatro da biblioteca a poucos
quarteirões da "minha" casa. As peças costumam ser muito gostosas e são de graça!
A quem interessar:

http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/cultura/bibliotecas/bibliotecas_bairro/bi
bliotecas_a_l/hanschristianandersen/index.php?p=149

Pois bem, em um dia desses estavamos na platéia, cheia de gente se acomodando para a peça
que estava quase para começar, quando um menininho de uns 3 anos, cabelinho tipo tigela e
óculos grossos vira para trás e começa a olhar admirado as pessoas que estavam nas fileiras de trás.
Eu fiquei reparando como ele olhava admirado e o quê, o quê poderia estar vendo de tão interessante, quando ele faz o seguinte comentario: - Olha mãe o teatro está cheio de...
(breve pausa) ...mães!

Os Apertados


Estava eu, o Emerson e O Angelo fazendo nossa rotineira compra no Carrefour, quando quase
na hora de passar no caixa, o Angelo quis ir ao banheiro. Até então tudo normal, as
chances dele ficar apertado no meio das compras eu diria que são de aproximadamente 64%.

Para quem não tem criança pequena (<7), ou já se esqueceu, criança não pode esperar muito, eles
ficam apertados derrepente, do nada, e não um pouco, mas super apertadas.

Deixei o Emerson dentro do mercado e fui até o banheiro com o Angelo, levei ele até a
porta do banheiro masculino, por que ele não vai mais no banheiro feminino comigo a algum
tempo, não por minha culpa, ele que faz questão de respeitar as plaquinhas.

Chegando a porta do banheiro feminino chegava possivel imagem no mundo bizarro do super homem:
Um pai e sua pequena filhinha que muito apertada, não queria ir no banheiro masculino com o pai.

Ele ficou lá parado em frente a porta comigo, esperando. Eu sorri e disse: - É duro quando nasce
invertido né? (Sim frase péssima, mas fazia sentido), e não resisti a comentar tamanha
conhecidência .

Nisso, a menina veio na porta, reclamar para o pai que não estava alcançando o protetor de
vaso, enquanto o pai se controlava para não entrar no banheiro feminino para ajudar a
pequena, no mesmo instante o Angelo veo a porta reclamar para mim que não alcançava... O pai
interrompeu, e me perguntou vamos trocar? Eu concordei e rápidamente fomos ajudá-los a
alcançar as coisas e se virarem em um banheiro feito para adultos.

Conversei com a menina, que disse que ia acampar com a escola e tals, ajudei ela a lavar as mãos e na porta troquei-a novamente pelo meu filho. Agradeci, sugeri que fizessemos isso mais vezes, me despedi e voltei as compras.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

1406

Você gostaria de poder descansar dessa vida agitada?
ir para um lugar calmo e sucegado?

Gostaria de não ter mais que trabalhar?
Nunca mais ficar doente?

poder passar o dia todo de barriga pra cima?
Nunca mais ter que olhar o relógio
Nunca mais se preocupar em estar atrasado?

Gostaria de não mais se preocupar tanto
com sua a alimentação?
Esquecer essa história de gorduras trans, colesterol...
Gostaria que parassem de dizer que você tem que
fazer exercios regulares, entrar na academia, caminhar?

Gostaria que fizessem uma grande festa pra você?
Gostaria rever seus amigos e parentes de quem sente saudades?
Gostaria de sentir-se proximo de Deus e da Natureza?
Você deseja todas essas coisas?
É muito simples: Morra.

quinta-feira, 3 de abril de 2008










Acha super moderno tirar sua foto no espelho?
Meu tio avô também!

_____ROCK and ROLL____




Quando eu tinha uns 15 anos adorava ir em shows de rock.

Eu ia sempre que podia, e fui em vários, até que fui enjoando,
a chegar no ponto de em que estou,
só vou em show se não for muito caro,
de uma banda ou artista que eu
goste muito, que eu possa ficar confortável,
e de preferência sentada.

Claro que por essas exigências
praticamente parei de frequentar tais
acontecimentos.

Hoje mais de dez anos depois da minha época de "tiéti",
casada e com um filho,
parei para pensar em como ter um filho
é parecido com um show de rock.

É sempre barulhento, muito barulhento, e embora eu tenha um filho só,
não consigo ficar cinco minutos em uma sala 4x5 sem levar um pisão no pé,
uma trombada. Não consigo falar no telefone, nem ver tv por que sempre tem
"alguém" na frente,gritando, pulando,
jogando coisas que, vez em quando me acertam.
E esse é o dia a dia de um show mais calmo, basta uma criança a mais ou
duas, para você estar em um show de um mega star ,no estádio super lotado.

Deve ser por isso, pelo jeito que ficou minha vida, que não consigo
entender, como EU GOSTAVA de ir nos shows.
Eu acordava mais CEDO nos DOMINGO, ANDAVA,
pegava um ÔNIBUS ELÉLTRICO, até um bairro no fim do mundo,
enfrentava FILA, FOME, CHUVA e SOL.
Ficava HORAS esperando para ficar mais perto do palco,
ouvindo repetidamente cds do nirvana, red hot, entre outros.
Para ter uma hora e pouco de show,
em meio a PISÕES, RODAS DE SOCOS, GRITOS e EMPURRÕES.
Depois tomava um cerveja, um vinho, ANDAVA,
pegava uma LOTAÇÃO, um ÔNIBUS e METRÔ,
Chegava em casa quebrada, a noite, suja,
cheiade FOTOS mal tiradas e super contente. Sim super contente, eu adorava...

Mal sabia eu,
que era esse o melhor treinamento que tive para ser mãe.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

hfhccukfkuitfiuj
testando...