A Viagem.
Todo o dia volto do trabalho pelo ônibus Brás, ele sai do centro de guarulhos, passa pela penha, e chega no tatuapé, onde eu desço. Ontem, peguei o Brás para voltar, como sempre, e sentada lá no fundo ouvi alguém falando com o cobrador um pouco aflito: Esse ônibus faz o mesmo caminho do penha? ele entra em tal rua? ele vai virar ali? por aqui? por cá?...
O cobrador (que em outros dias estaria dormindo) respondia calmamente cada pergunta da voz alta com sotaque nordestino. Eu achei normal, devia ser um sujeito que sempre pega outro caminho, e queria garantir que ia chegar onde queria. Já na Penha, derrepente entramos em uma rua errada, o cobrador pára o trânsito, agente faz a volte, voltamos ao caminho correto. -"Então o caminho é diferente do penha..."
O perdido era o motorista, que continuou atormentando o cobrador rua por rua.
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