terça-feira, 18 de novembro de 2008

E VIVA O FONE DE OUVIDO!


De uns anos para cá parei de fazer partes de grupos, tentar me rotular e me me tornei cada
vez mais um indivíduo redundantemente único.

Na moda, procuro roupas para o meu corpo, e não o que está "se está usando agora". Não que eu não experimente, passe vontade. Tentei inúmeras vezes comprar um sapato bico fino, são lindos, mas tenho as pernas compridas, e calço 38, fico parecendo personagem de um livro de
bruxas. Salto fino já desisti, não consigo mesmo, caio, chacoalho, não rola.

Também não tenho mais vergonha, na minha interminável busca por um bom tênis mês passado, que fosse cinza chumbo, sem partes de pano, e sem ultrapassar os 100 reais; vi um lindo na vitrine, entrei e pedi pro vendedor, ele me olhou estranho e eu já avisei: - eu sei que é masculino, mas quero mesmo assim. Não tinha acabei comprando um fila cinza e lilás pela Internet. Uso calças boca larga, não aderi as cinturas altas, moda cigana, enfim, parei na
segunda metade dos anos 90.

Musicalmente pior ainda, pitty, nx zero, cachorro grande, hateen, sei lá, pra mim é tudo a
mesma coisa, tudo porcaria. Devido a qualidade do rock nacional ter deixado de me agradar,
fui parando de ouvir. Comecei a ouvir coisas novas e velhas também, mpb, pop, samba,
sertaneja, qualquer coisa que me agradasse as orelhas internas (ouvidos).

O que eu percebi foi que não fui a única a fazer isso, todo mundo, principalmente amigos
da minha faixa etária estão nessa busca musical. Pode parecer bom, mas em um churrasco não
encontramos nenhum, NENHUM CD que conseguisse agradar a incompleta dúzia de pessoas
presentes. A música que um gosta, só ele gosta, deixamos de ser um grupo, somos pessoas,
cada vez mais ranzinzas e individualistas exatamente como nossos avós.

Antes um CD do paralamas, ou o acústico dos Titãs teria acalmado as ânimos.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Vícios



Já disse que tenho uma fraqueza para participar de pesquisas, mas nada perto do problema
que tenho com coleções.

Adoro promoções, coleções e brindes. Sempre adorei. Uma das primeiras coisas que
colecionei foi os gibis da Mônica da Coca-Cola, era só juntar dez tampinhas, ou algo assim.
Consegui todos os gibis, só faltava a caixa de papelão para guardá-los, mas quando consegui
as juntar as tampas e fui na banca, a promoção já havia acabado...

Lembro também de uma caneta da Coca-Cola que virava uma garrafa, consegui trocar uma só,
na época tinha que ficar amolando minha mãe para ir trocar comigo.

E os brindes... Tinha um bonequinho do chambinho de plástico em forma de coração, lembro de ficar brincando com ele antes do meu aniversário de 5 anos.

Tenho um sério problema de compulsão, obsessão, ou sei lá, e tenho q me controlar até
hoje, para não sair por aí querendo juntar qualquer bugiganga que venha em mais de 4 cores,
acenda luz, ou toque música. Por isso me limitei a participar de promoções que não gaste
dinheiro, junte 100 embalagem, tudo bem, eu dou um jeito; mas junte 3 embalagem + 10 reais
nem pensar.

Já cheguei ao ponto de passar a tarde revirando lixo, pedindo copos para pessoas
estranhas no shopping, como uma viciada em drogas.

E como é difícil colecionar coisas sem poder gastar demais. Quando eu entrei no prézinho (1988) na época da páscoa aprendi a fazer um coelho com um rolo de papel higiênico vazio, resolvi fazer uma coleção, uma grande família de coelhos, e fiz em casa com todos os rolos, tubos de diploma, cartolina, papel, tinha coelhos por todos os lados. No mesmo ano aprendi a fazer um palhaço de dobradura e repeti a dose.

Colecionei figurinhas, muitas, mas não tinha dinheiro para comprar o álbum, então meu pai
me dava um caderno vazio enfeitava a capa e eu colava as figurinhas lá, tive vários
caderninho desses, tinha umas figurinhas fofinhas do nescau e do miojo que eram minhas
preferidas, quando o dinheiro acabava, eu recortava figuras de revistas para fazer de
figurinhas.

Também colecionei bolinhas de gude, não para jogar mas por que eram lindas, transparentes
com duas ou três cores entrelaçadas dentro. queria de todas as cores possíveis, e todo o dia
depois da escola ia na banca comprar uma nova, sem exagero tive mais de cem, duzentas
talvez. Fora isso eu as organizava cuidava e dava nome, um dia brincando no quintal uma caiu
no ralo, foi uma tristeza, por anos eu ia conferir se a coitada não saia pelo ralo da frente de casa. Talvez ela ainda esteja no encanamento, quem sabe?

Semana passado comprei 5 gelatinas para tentar uma mochila, mas tinha esgotado o estoque,
no começo do ano participei da promoção boiada toddy, não faltou toddy de todos os sabores
aqui em casa, ontem vi o comercial do Ades, que troca 4 por uma toalha, hum, estou me
controlando para não ir no mercado e comprar litros, adoro Ades mesmo.

Colecionei, pedras, dinheiro, chaveiros, cartões, fitas...O pior dos casos, apesar de todos terem um bocado de insanidade, deve ter sido o de papel
de cartas. Na escola quase todas as meninas tinham uma pasta, cheia de lindos papeis de
cartas, eu resolvi colecionar, era uma atividade divertida porque no recreio, você podia
trocar seus papéis com sua amigas. Tinha 3 tamanhos de papel, o Grande o médio e o pequeno,
e custavam centavos.

Eu comecei com uma pasta rosa, fininha, depois comprei um fichário, e por último lotei uma daquelas pastas de AZ, até que tive que parar. Para trocar eu comprava
só papeis repetidos, tive uma coleção linda, que demorava horas para ser apreciada, organizada por tamanho e harmonia.

De tudo que colecionei, e pode ter certeza que não disse tudo,(mesmo por que posso chegar
em casa amanhã com todas as toalhas exclusivas do Ades) Não tenho hoje mais quase nada, minha mãe se livrou da maioria , e não era tão difícil , depois de um tempo a euforia passava e eu esquecia a coleção pra lá. Por isso tomo cuidado com drogas, cigarro e álcool, tenho uma certa facilidade para me viciar.


A quem interessar o site do blog que eu visitava antes de fazer o post:

http://www.voceselembra.com/search?updated-max=2008-07-13T08%3A07%3A00-07%3A00&max-results=10

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Minha Maior Fã


Quando eu era criança eu assistia muito SBT. Eu era anti-globo, não assistia Xuxa,
Trapalhões, Caverna do Dragão, e principalmente, não assistia novelas da Globo. Pra falar a
verdade, na minha vida toda, assisti uma meia dúzia de novela global. O que é muito raro e
mal compreendido, quando a maioria das pessoas, principalmente mulheres, emendam uma na
outra, e vem a das 6 a das 7 e a das 8, ou seja lá quantas enfileram a véspera do jornal.

Forçando um pouco posso até dizer as que eu vi: Fera Ferida, (que eu adorei) Tieta,
(assisti o filme umas 10 vezes, nada mais justo ver a novela também) Terra Nostra (credo!)
Vi um pouco Vila Madalena, Bebê a Bordo, e Laços de família, que me lembre.

Já a minha extinta TVS me acompanhou desde pequenina, Mara Maravilha, Carrossel,
Novelas Mexicanas e claro as novelas feitas pelo próprio canal.

Quando eu tinha 6 ou 7 anos começou uma novela chamada "Cortina de Vidro", era uma história simples, de um shopping que caia (estilo torre de Babel, creio) e um milionário que perdia a memória.
Eu sempre do contra torcia para a vilã da história, a "Glória", uma mulher de uns 40 e poucos cabelo curto preto que queria dinheiro e ferrar a vida de todo mundo!Eu adorava...


Também adora a trilha da novela, uma música que chamava coração urbano, continuei
cantarolando pelos quase vinte anos após a novela, mesmo sem ter tipo o LP da trilha, se é que
esse LP existiu.

Aí começa a minha saga, nesses anos eu sempre quis ouvir essa música de novo, em algum
lugar fora da minha cabeça. Quando instalei o Napster, procurei incansavelmente, e nada. Com a internet e esses vários filhotes de Napster que já tive e distive sempre, sempre mesmo
procurei essa canção. Pelo o google, eu escrevia um trecho para tentar descobrir o
intérprete, qualquer pista, e nunca achei.

Até a semana passada, quando estava procurando novamente e fui abençoada por um blog
(vivam os blogs!) e achei uma das outras 4 pessoas (kkk) que também acompanharam a "Cortina
de Vidro", como se não bastasse o post, o simpático blogueiro deixou um link com a trilha da
novela para baixar. Que felicidade, a felicidade foi tamanha que até quis estou contando
aqui.

Baixei, ouvi todas as músicas e só lembrei de umas duas, mas claro coração urbano estava
lá, após quase 20 anos poderia ouvi-la novamente.

O interessante foi que a música estava um bocado diferente da que toca na minha cabeça,
veja bem, tanto tempo sem ouvi-la criei uma nova versão imaginaria, com letra e refrão
distintos, mais que uma versão, quase um plágio. Mais interessante ainda foi que percebi preferir muito mais a minha versão fantasiosa do que a que havia acabado de baixar, assim decidi parar de escutar a original para não estragar a minha.